Por que treinamentos genéricos de phishing são menos eficazes do que abordagens direcionadas para sua equipe?
- anzemis
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Treinamentos padronizados de phishing costumam ignorar um ponto essencial: cada empresa é um ecossistema próprio, com cultura, processos, fluxos de comunicação e vulnerabilidades específicas. Isso significa que análises e soluções genéricas dificilmente refletem o risco real do ambiente.
Independentemente do segmento, os colaboradores são o principal ponto de entrada e saída das informações e interações críticas da organização. Ao mesmo tempo, atacantes observam esse ecossistema de fora para dentro, explorando padrões, comportamentos, linguagem interna e até fatores emocionais. Muitas campanhas de ameaça já se beneficiam de engenharia social altamente personalizada, e, como alguns incidentes recentes demonstraram (ex.: o caso CrowdStrike), até narrativas internas fabricadas podem ser usadas para induzir erro ou obter acesso.
IA e OSINT como combustível para ataques mais sofisticados
Com o avanço da IA e a disponibilidade de técnicas de OSINT, os atacantes conseguem realizar:
mapeamento preciso de perfis individuais e setores;
criação de mensagens altamente convincentes, ajustadas ao tom da empresa;
simulação de urgências plausíveis e fluxos internos reais;
exploração de vulnerabilidades emocionais ou pressões específicas.
A tecnologia acessível está disponível para ambos os lados, defesa e ataque, mas o uso malicioso da IA acelera a criação de engenharia social quase indetectável. Todos deixamos rastros digitais — footprints — e o nível de monitoramento feito por grupos mal-intencionados é frequentemente subestimado. O resultado são campanhas de phishing que parecem legítimas, contextualizadas e difíceis de distinguir de comunicações reais.
Treinamento tradicional x Workshop Colaborativo
Na Anzemis, transformamos o tradicional treinamento pós-campanha em um Workshop Colaborativo, estruturado para analisar os resultados de forma técnica e ao mesmo tempo humana. Esse formato promove:
troca de percepções entre colaboradores de diferentes áreas;
compartilhamento de experiências reais que não aparecem em relatórios;
identificação de padrões de comportamento e vulnerabilidades específicas;
entendimento coletivo de como a cultura da empresa influencia a exposição a ataques.
Com a evolução dos ataques impulsionados por IA, a percepção humana será um diferencial estratégico. A defesa não dependerá apenas de controles técnicos já discutidos em outros artigos, mas também de soft skills essenciais, como:
atenção ao contexto,
comunicação clara,
validação ativa de solicitações,
pensamento analítico e crítico.
Essas competências fortalecem a primeira camada de defesa: as pessoas.
O Workshop Colaborativo capacita não só para reconhecer indicadores técnicos de phishing, mas para desenvolver a maturidade comportamental necessária para enfrentar ataques que, cada vez mais, parecem legítimos.



